Sonhei com crêpes Suzette, aquelas crepes flambadas com uma calda de açúcar, manteiga, suco e raspas de laranja e licor Grand Marnier. Estava de volta ao Tatini da minha infância, onde adorávamos ver nossos pratos sendo finalizados à mesa. Preciso voltar lá para provar de novo aquele penne allarrabbiata.  Será que ainda fazem do mesmo jeito? Faz anos que não vou lá. São lembranças gastronômicas de infância, como boa filha de um pai que adorava comer fora e sempre foi bom gourmet.

Pois fiquei com as crêpes Suzette na cabeça e pensei em fazê-las para sobremesa de um jantar em casa. Mas fiquei com preguiça de ter que flambá-las na hora. Não tenho paciência e nem jeito para shows de pirotecnia num jantar informal em casa, sem ajuda doméstica. Queria simplificar ao máximo, para poder curtir os amigos com minha taça de vinho sem ter que ir toda hora à cozinha.

Assim, comecei a pensar em fazer outra sobremesa bacana que pudesse lembrar de alguma forma as crepes sonhadas. Pensei num creme brulée de laranja e fui consultar minha bíblia de cremes brulées, o livro Elegantly Easy Creme Brulée da Debbie Puente. Folheando-o, achei a receita de creme brulée com raspas de laranja e licor Grand Marnier. E claro que foi esta a escolhida 🙂 Com mini-show de pirotecnia e tudo rsrs…

A base é a receita clássica do creme brulée, que sempre dá muito certo. Acrescida a ela, doses de Grand Marnier e um perfume de raspas de laranja. Ficou uma delícia.

Achei em princípio que a quantidade de Grand Marnier deixaria um gosto muito forte. Mas esta quantidade é absolutamente perfeita. Use a ‘colher-medida’ de sopa. É importante não pular a parte que recomenda que a massa descanse uns 15 minutos antes de ir ao forno, para que as raspas de laranja possam ‘temperar’ bem o doce. Outra parte importante é deixar os potinhos esfriando dentro da assadeira mesmo. Esfriando devagar, o creme não ‘racha’ na superfície. A receita rendeu 6 ramequins de tamanho médio.

Creme brulée aromatizado com laranja e Grand Marnier

8 gemas de ovos
1/3 xícara (chá) de açúcar cristal
2 xícaras (chá) de creme de leite fresco
1 colher (chá) de extrato de baunilha
3 colheres (sopa) de licor Grand Marnier
raspas da casca de 1 laranja
açúcar cristal para caramelizar (cerca de 1 colher (chá) para cada potinho)

Pré-aqueça o forno a 180ºC. Em uma vasilha, misture bem as gemas com o açúcar, até a mistura engrossar e ficar amarelo-clara. Eu bato na mão mesmo, com o fouet. Adicione o creme de leite fresco, a baunilha, o licor e as raspas de laranja. Misture bem e deixe descansar por 15 minutos. Enquanto isto, prepare os potinhos colocando-os numa assadeira grande com um pouco de água, para assá-los em banho-maria. Tire o excesso de espuma da superfície da massa e coloque-a nos potinhos. Leve a assadeira ao forno por cerca de 40 minutos. Retire e deixa esfriar na própria assadeira. Espere esfriar pelo menos uma hora antes de colocar o açúcar por cima do creme e caramelizar os potinhos com o maçarico. Acabei indo para cozinhar de qualquer jeito, pois quis caramelizar o creme na hora de servir mesmo, pois fica mais gostoso assim 🙂

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Torceu o nariz para esta combinação? Pois senta que lá vem história!

Gosto muito das receitas do Mark Bittman. É uma pena que ele tenha deixado de escrever sua coluna ‘The Minimalist’,  que saía no New York Times e no suplemento Paladar do jornal Estadão. Para quem não o conhece, esta introdução à coluna do Mark publicada no Estadão por ocasião da sua estreia no jornal descreve-o bem:  “Bittman é um cozinheiro da vida real. Cozinha com ingredientes comuns e técnicas simples. Ele é avesso ao esnobismo, dispensa equipamentos sofisticados e preparações muito elaboradas. Trabalha numa cozinha pequena, é adepto do improviso, e acha que ter tudo na despensa é perder a chance de se sentir desafiado. Costuma dizer que não quer transformar ninguém em chef, quer apenas ensinar as pessoas a cozinhar”. Não é tudo este Mark? 🙂

Identifico-me bastante com esta cozinha de técnicas e preparações simples. E o Mark consegue fazer isto com receitas diferentes e criativas, que ficam muito gostosas. Quantas vezes não dei nada por uma receita dele  no papel e adorei o resultado na prática? Foi o caso desta salada de batata-doce com feijão preto. Preparei-a para minha sogra, que veio de São Paulo para Ribeirão Preto em um final de semana com o ‘recorte’ de jornal da receita na mão e os ingredientes dela debaixo do braço 😀

Fizemos a salada de batata-doce e feijão preto para acompanhar um churrasco no domingo.  Com pão francês fresquinho, farofa e uma salada verde. Só. Ficou divina, todo mundo adorou e acabou rapidinho. E eu tirei o chapéu para o Mark Bittman pois não imaginava que esta combinação de ingredientes pudesse ser tão gostosa.

Salada de batata-doce com feijão preto

3 batatas-doces médias descascadas e cortadas em cubos
1 cebola grande picadinha
½ xíc (chá) de azeite
1 ou 2 col (chá) de pimenta vermelha, sem sementes, picada
1 dente de alho
suco de 2 limões
2 xíc (chá) de feijão preto cozido e escorrido
1 pimentão amarelo ou vermelho sem sementes e bem picado
1 xíc (chá) de coentro fresco bem picadinho
sal e pimenta-do-reino a gosto

Pré-aqueça o forno a 200º C. Espalhe em uma assadeira os pedaços de batata-doce e cebola em uma só camada, cobrindo com 2 colheres de sopa de azeite. Tempere com sal e pimenta-do-reino moída. Ponha para assar, virando de vez em quando, até as batatas ficaram moreninhas nos cantos e macias por dentro. Leva de 30 a 40 minutos. Tire do forno e mantenha as batatas na assadeira até a hora de misturar com o molho. Ponha no liquidificador a pimenta, o alho, o suco de limão, o resto do azeite e mais uma pitada de pimenta-do-reino. Bata até homogeneizar. Coloque as batatas ainda quentes em uma vasilha grande, junte o feijão, o pimentão picado e jogue por cima o molho. Coloque o coentro e misture bem. Se necessário, acerte o sal. Leve à geladeira até a hora de servir.

OBS. Esta receita foi publicada originalmente no blog Rosmarino e Prezzemolo.

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Já falei neste post que meus filhos hoje são ‘quase adolescentes’ e os programas em viagens mudaram um pouco. E foi justamente o que aconteceu em Madri.

Enquanto Barcelona é uma cidade menor, mais plana e mais fácil de caminhar e tem muitas atrações interessantes para um público mais infantil, Madri é mais ‘espalhada’ e não tem o trio ‘aquário-zoológico-parque de diversões’.  Assim, o forte aqui foi mesmo a inserção na cultura local: os meninos provaram comidas novas, bateram papo em ‘portunhol’ com os taxistas e fizeram suas comprinhas de souvenirs e camisetas do Real Madrid por conta própria, tentando se fazer entender. Foi muito bacana vê-los em ação 🙂

Enfim, fizemos programas variados em Madri, misturando comida, futebol, cultura e até passeio de bicicleta no parque para quebrar um pouco o ritmo da viagem.

Museus

Fomos a três museus, o Museo Nacional del Prado, o Museo Thyssen-Bornemisza e o Museo Reina Sofia. Seguimos as regras de visitas a museus com crianças e deixamos um museu para cada dia, ficando poucas horas (no máximo duas) em cada um deles. Também procuramos fazer um planejamento para que o roteiro não ficasse cansativo e abrangesse o que mais chamaria a atenção dos meninos. O Thyssen é menos interessante para crianças  e pode ser deixado de lado. No Museu do Prado seguimos o roteiro do Guia do Museu do Prado da Patricia do Turomaquia e isto fez a diferença. No Reina Sofia, procuramos ver os Dalis, Matisses e Mirós e em especial o Guernica e os demais estudos do quadro feitos pelo Picasso. Na mesma sala dos estudos, há um vídeo que mostra a guerra in loco e ilustra bem a realidade que levou Picasso a realizar estas obras. Foi a parte que eles mais gostaram (e nós também!).

Passeio a pé com cultura e gastronomia

Fomos de metrô até o Palacio Real e de lá viemos andando até o hotel, que ficava próximo ao Museu do Prado. Os meninos gostaram do Palacio Real, que mostra bem como vivia a realeza da época. Visitamos a Catedral de la Almudena (nada especial, nem vale a pena entrar) em frente e viemos caminhando pela Calle Mayor até o Mercado de San Miguel, onde almoçamos. Em seguida passeamos pela Plaza Mayor, onde os artistas de rua (na realidade tristes palhaços toscos, mas eles curtiram :-)) distraíram os meninos. Fomos à Chocolateria San Gines tomar chocolate quente com churros e continuamos andando até a Puerta del Sol, outra praça com artistas de rua, onde está a estátua d’ El Oso y el Madroño (O Urso e o Arbusto). De lá, entre uma loja e outra de souvenirs, viemos caminhando pela Calle de Alcalá até o hotel. Infelizmente deixamos de ver o Monasterio de las Descalzas Reales, que fica a um quarteirão da San Gines. Vale mais a pena deixar de lado a Catedral de la Almudena e fazer este passeio no lugar dela.

Passeio de bicicleta

Ao redor do Parque del Retiro há diversos pontos de aluguel de bicicletas. Nós alugamos as nossas no quiosque da Urban Biking no posto de gasolina no Paseo de la Infanta Isabel, bem próximo da estação de metrô do mesmo nome e da estação de trem Atocha. As bicicletas são novas e estão em boas condições, só que neste local não há bicicletas infantis, apenas cadeirinhas para acoplar nas bicicletas de adultos, para crianças bem pequenas. Do posto de gasolina tem uma pequena mas íngreme subida até a entrada do parque, onde é gostoso passear. No centro do parque tem um lago onde há patos e peixes e dá para alugar um barquinho a remo e passear um pouco.

Estádio de futebol do Real Madrid

O tour pelo estádio Santiago Bernabéu, do Real Madrid, não podia faltar. O museu é incrível! Há painéis que contam o a história do time, fotos de todos os jogadores do Real Madrid até hoje, todos os uniformes usados, os troféus que o clube ganhou, as chuteiras dos jogadores. O tour também passa pela tribuna de honra, pelas salas de imprensa, pelos vestiários dos jogadores e até ao lado do campo, onde as crianças puderam inclusive sentar no banco de reservas 🙂 Não precisa nem dizer que eles adoraram!

 

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Viajamos a Madri com os filhos e o foco não foram os restaurantes descolados. De mais a mais, acabamos indo ao Botín, dito restaurante mais antigo do mundo, lugar cheio de tradição mas com serviço e comida fracos. Dos outros  salvou-se o Puerto Rico, restaurante com comida caseira muito boa e preço maravilhoso, dica excelente da viajante gourmet @carmemsil. E o Lamucca de Prado, um  moderninho com comida gostosa e preço razoável.

No fim, as experiências gastronômicas mais bacanas da viagem ficaram mesmo por conta dos mercados, tanto o de San Miguel como o de San Antón. Programas imperdíveis em Madri, por várias razões 🙂

Primeiro, porque a comida é variada e de qualidade, com preços muito simpáticos. Pelo mesmo valor de uma paella ou um menu executivo em um restaurante turístico, dá pra comer muito bem nos mercados. Para se ter uma ideia, comi no San Antón um creme de verduras com ‘farofinha’ de jamon iberico, duas almôndegas de pato com molho e torradas, mais um mini-hamburguinho de pato com queijo de cabra e cebolas carameladas, acompanhado de uma taça de vinho branco. Tudo pequeno, mas substancioso e super saboroso, por 10 euros. Para quem gosta, tem muitas opções de vinhos vendidos por taça, o que torna o programa mais interessante ainda.

Segundo, porque nos mercados também estão à venda carnes, peixes, massas, frutas e vinhos e dá pra ver/conhecer coisas novas e comprar guloseimas para levar para casa. Ou para o hotel mesmo, como nós fizemos com cerejas fresquíssimas 🙂

Por último, porque pela primeira vez em viagens com os filhos sentimos que eles curtiram provar comidas novas e não ficar só nos hamburgueres, cachorros-quentes ou filés com fritas. Comer também é um processo de inserção na cultura local e foi muito bacana vê-los aproveitando tanto o programa como nós aproveitamos!

Mas os mercados têm seus inconvenientes e requerem uma certa estratégia de ocupação. 

Gosto de dizer que os mercados de Madri são só para os fortes 🙂 Isto porque há pouquíssimos lugares para se sentar. O espanhol come de bocadinhos e de pé mesmo numa boa, muito diferente da gente, principalmente com crianças. Assim, para sua ida ao mercado ser um sucesso o ideal é primeiro fugir dos horários de pico – ou seja, almoçar ao meio-dia ou então depois das três da tarde. Ou então jantar cedo, por volta das sete da noite.

A segunda recomendação é, assim que chegar ao mercado, procurar um canto e alguns banquinhos e reservar seu lugar. Com isto dá pra ir revezando, enquanto uns ‘guardam’ os lugares os outros vão à procura das comidas, e assim vai. Demos um dinheiro para os meninos e eles amaram sair pelo mercado pedindo e provando comidas diferentes. É tudo fácil e de bocadinhos. E se viraram na língua espanhola e nos trocos, o que foi muito legal!

Como é o Mercado de San Miguel

O San Miguel está localizado bem no buchicho, vizinho à Plaza Mayor. O local é um galpão reformado, bonito e charmoso, mas bastante apertado e cheio. É bem turístico  (por acaso o lugar em Madri onde tinha mais brasileiros além do estádio do Real Madrid!) mas vale a pena visitá-lo e comer por lá. Gostamos muito dos montaditos, das tapas de frutos do mar, das croquetas e do jamon iberico em lascas, vendido num envelope de papel. Vale a pena provar os vinhos e espumantes.  Tem até uma pequena livraria para sapear 🙂

Como é o Mercado de San Antón

O San Antón é diferente do San Miguel. Muito mais locais que turistas, para começar. Mais afastado do buchicho. Mais espaçoso, mas menos charmoso. Tem dois andares, no primeiro quase só bancas de carnes, peixes, frango, frutas e verduras. No segundo piso, subindo a escada rolante, uma sucessão de lugarzinhos que vendem comida japonesa, comida grega, frutos do mar, massas, ostras fresquíssimas, tapas e vinhos. Ao longo do vão livre de onde se vê o andar de baixo, um balcão comprido com banquinhos. Mais espaçoso que o San Miguel, mas ainda com poucos lugares para sentar.

 O bacana dos mercados é que ficam abertos todos os dias, das dez da manhã à meia-noite, sendo que o San Miguel vai até às duas da manhã às quintas, sextas e sábados.

De qual gostei mais? Qual escolher? Os dois 😀

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A revista Cooking Light de novembro de 2011 fez uma matéria bacana na qual elegeu os melhores livros de culinária da atualidade. O número 6 da lista é o Radically Simple: Brilliant Flavors with Breathtaking Ease da Rozanne Gold, publicado em 2010.

A revista conta que esta autora ganhou fama criando receitas com apenas três ingredientes. Neste novo livro ela altera um pouco esta “regra de três”, mas sempre com um número pequeno de ingredientes, ingredientes bastante conhecidos, receitas de preparo rápido ou com pré-preparos que permitam finalizações rápidas. E assim cria receitas “ainda elegantes e de inspiração simples”.

A receita do livro escolhida para ilustrar a matéria são estes Nutella Sandwich Cookies. Que resolvi preparar pelo apelo do ‘fácil e rápido’ e porque iria agradar em cheio os filhos e seus amigos que vinham fazer um lanche em casa. Foi o maior sucesso! A única reclamação foi que coloquei pouca Nutella no recheio 🙂

Achei, de fato, que uma camada grossa de recheio deixaria os biscoitos muito substanciosos e assim enjoativos. Mas quem sabe da próxima vez.

 Nutella Sandwich Cookies
(receita adaptada do livro Radically Simple: Brillant Flavors with Breathtaking Ease )

370 g de Nutella (quase dois potes daqueles de vidro vendidos no Brasil. Usei 3/4 de xícara-medida na massa e coloquei uma colher de café de recheio em cada um dos 12 biscoitos)
2 colheres (sopa) de manteiga sem sal (em temperatura ambiente)
1 ovo
1 1/4 xícara (chá) de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó

Pré-aqueça o forno a 180ºC. Forre duas formas com silpat (ou papel manteiga untado com manteiga, se não tiver o silpat). Na batedeira bata a manteiga, o ovo e 3/4 xícara (chá) de Nutella até misturar bem. Peneire a farinha de trigo com o fermento e vá acrescentando à mistura na batedeira, aos poucos, batendo só para misturar. Retire a massa da batedeira e coloque-a sobre uma superfície enfarinhada. Faça um rolo e corte em pedaços do mesmo tamanho. Faça bolinhas com a massa e coloque nas assadeiras, deixando um espaço entre as bolinhas. Minha massa rendeu 12 bolinhas. Leve ao forno por 12 minutos. Retire e deixe esfriar por 10 minutos. Com uma faca serrilhada, corte os biscoitos ao meio e recheie com o restante da  Nutella.

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Antes de começar a falar das atrações e do nosso roteiro turístico pela cidade de Barcelona, umas poucas palavrinhas…

Já fiz vários posts de viagens para crianças aqui no blog. Porém, na hora de fazer o de Barcelona, pensei cá comigo que talvez seria melhor dizer “Barcelona para quase adolescentes”. Meus filhos cresceram 🙂

Por que digo isto? Porque pela primeira vez em viagem percebemos que o Bruno e o Theo, com 13 e 9 anos respectivamente, começaram a curtir programas diferentes, como provar comidas novas ou andar a esmo pela cidade observando pessoas, paisagens, arquitetura e arte. Claro que para eles – que ainda são crianças! – o melhor programa disparado em Barcelona foi assistir o jogo do Barça contra o Valencia em Camp Nou. Mas desta vez fizemos muito mais programas culturais, como o circuito Gaudi e o Museu Picasso – em detrimento de programas mais infantis que teríamos escolhido há alguns anos,  como o zoológico e o aquário.

Assim, este post fala do roteiro que nós fizemos, adequado a meninos adolescentes. Com sugestões e observações para quem tem filhos menores e quer incluir opções mais infantis na visita à Barcelona.

De mais a mais, Barcelona é uma cidade excelente para levar crianças. Das cidades europeias onde estivemos, acho que só perde para Londres e Paris mesmo.

O que fizemos em Barcelona

Circuito Gaudí

Uma das características mais marcantes de Barcelona é sem dúvida a arquitetura do Gaudí. Ela está presente principalmente na igreja da Sagrada Família, no Parc Güell, na casa Batlló e na Casa Milá. De cara nos causa estranheza, pelo exagero de formas e cores e excesso de informações, mas nada como um passeio guiado pelas principais obras do Gaudí para sentir sua genialidade e se apaixonar pelos seus trabalhos.

Sim, o cara era genial. Pois é fácil perceber que as realizações no mundo da arte, da arquitetura, da gastronomia e outros são quase sempre inspirados em referências passadas. Aí, de vez em quando, aparece alguém que realmente cria algo novo, inédito. Este foi o Gaudí. Um arquiteto que naquela época começou a praticar a sustentabilidade, usando cacos de louças para decorar suas peças; que criou apartamentos funcionais que economizavam energia. E que fez os móveis de madeira mais confortáveis que já vi. Tudo prático, funcional e a cereja do bolo: lúdico 🙂

Sagrada Família

Adoramos esta igreja, e as crianças também. Depois de ter visitado muitas igrejas góticas pelo mundo, é imperdível ver como Gaudí transformou este estilo. A leveza, a sustentação das colunas internas como árvores com galhos e folhas, a iluminação natural e abundante, as esculturas expressivas, tudo bárbaro 🙂 Faça o tour com o áudio-guia que fica muito mais interessante.

Casa Milà (ou La Pedrera)

O bacana aqui é que havia um áudio-guia em português e até um especial para as crianças, que apontava curiosidades do interesse deles. O Theo adorou!

Casa Batlló

Assim como na Casa Milà, havia um áudio-guia em português e até um especial para as crianças. A concepção toda da casa como o fundo do mar encanta as crianças (e os adultos também) 🙂

OBS. Bem ao lado da Casa Milà, tem uma loja bacana com coisas de casa, brinquedos, móveis e objetos de decoração de design, a Vinçon, vale uma paradinha.

Parc guell

O parque nos decepcionou um pouco. Mas a Casa Museu Gaudí tem os móveis do Gaudì e dentro do parque (poucas) escultoras interessantes. Vá mesmo se seus filhos forem pequenos, se o tempo estiver bom se e você quiser fazer um piquenique por lá.

Barrio Gotico e Museu Picasso

Ruas estreitas como a carrer del Bisbe com suas gárgulas e a ‘ponte dos suspiros’, cheias de lojinhas gourmet e de souvenirs;  a bonita Plaça Réial com suas palmeiras, a Plaça Saint Jaume, a Plaça del Rey bem medieval, as ruínas romanas de uma muralha na carrer de la Tapineria, a Catedral de Barcelona (ou Basilica de Santa Eulàlia), o Museu Picasso.

O bairro gótico é uma delícia para caminhar e tem surpresas pelo caminho, como a loja de mágicas El Rey de la Magia e a Papabubble, que faz balas de todos os tipos, na hora. Mas o Museu Picasso foi o ponto alto deste passeio. Reservamos o tour guiado em inglês, que acontece somente aos domingos às 11h e valeu a pena. Você foge das filas e faz um tour que conta a história do começo da carreira do Picasso através de suas obras, culminando com a pintura “As Meninas” e os estudos deste quadro. O tour não é longo e não cansa as crianças, os meninos gostaram muito.

Se ainda sobrou tempo, dê um pulinho no Museu de Xocolata.

Las Ramblas e Mercado de La Boqueria

Las Ramblas nada mais são que duas avenidas largas com um canteiro central igualmente largo, que liga o centro da cidade à beira do mar e onde dá para andar a pé e observar um pouco da vida  turística 😀 de Barcelona. Achamos o Barrio Gotico mais interessante, mas Las Ramblas tem um passeio imperdível: o mercado de Sant Josep, ou simplesmente La Boqueria. Eu adoro mercados e procuro visitá-los em todos lugares onde vou, mas este foi o mercado mais legal onde já fui até hoje! E as crianças adoraram ver os diferentes animais marinhos e as partes de bichos como cabeças de carneiro, porquinhos inteiros, etc. E se deliciaram como os sucos e com as barracas de doces, fantásticas.

Castelo de Montjuic e Refugio 307

O castelo de Montjuic é uma fortificação antiga no alto de uma colina e o barato para as crianças é subir de teleférico, o que dá uma boa quebrada nos passeios culturais. Lá em cima, uma bela vista da cidade. Ao pé do morro, no começo da carrer Nou de La Rambla, fica o Refugio 307, passeio interessante para os mais velhos. Agendamos um tour (só existe em espanhol) e visitamos este abrigo construído pela população do bairro de Poble Sec para proteção contra os ataques aéreos durante a Guerra Civil Espanhola. O passeio dura uma hora e o túnel não é longo, mas vale pela explicação sobre a guerra e sobre o comportamento da população na época. O filho mais velho gostou, o menor não 🙂

Últimas observações

Viajamos no inverno e estava frio para andar à beira do mar. Se o clima ajudar, há boas opções de passeios para crianças nesta área. É legal caminhar pela Barceloneta, pelo Porto Olímpico e eventualmente visitar o Aquàrium e o Museu Marítim. O Parc Zoològic, um pouco mais longe da praia, é outro bom passeio.

Por fim, outra opção bacana para quem não vai no inverno é o Parc d’Atraccions de Tibidabo, um parque de diversões à moda antiga que pode agradar bastante aos pequenos. Fica um pouco longe da cidade, há mais ou menos 12 km das Ramblas, mas pode ser outro bom programa de dia inteiro para quebrar os passeios culturais na cidade. Curiosidade: as cenas do filme “Vicky Cristina Barcelona”  em um parque de diversões foram feitas aqui 🙂

 

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Já falei neste blog de outros mercados e feiras pelo mundo, uma das minhas paixões em viagens. Mas tenho que dizer que o Mercat Saint Josep, ou simplesmente La Boqueria – um lugar que estava na minha bucket list gastronômica 🙂 – foi o mercado mais legal que já visitei até hoje.

 

 

La Boqueria fica nas Ramblas. Um galpão térreo  enorme, com uma variedade imensa de itens que vão de carnes, frangos, peixes e frutos do mar até temperos, presuntos e outros embutidos, queijos, cogumelos, azeites, azeitonas, conservas, legumes e verduras, sucos, frutas, frutos secos, chocolates e doces.

 

Como Barcelona é uma cidade costeira, há uma variedade absurda de frutos do mar diferentes, muitos dos quais eu nunca tinha ouvido falar. As bancas de peixes e frutos do mar são bastante numerosas e ficam bem no centro do mercado, em um grande círculo e ao redor dele. Acho que este foi o ponto alto do passeio.

 

Outra atração foram as carnes nos açougues. Cabeças de carneiros, leitões inteiros, miúdos (e graúdos) 🙂 de assustar.

 

Os onipresentes jamons ibericos 🙂

 

Frutas lindas!

 

Sucos fresquíssimos e deliciosos.

 

Chocolates de muito boa qualidade e doces variados, entre os quais gostei muito do turrón de yema quemada, uma espécie de torrone de creme brulée. Outros doces maravilhosos eram as  geleias tipo bala de goma de frutas e bebidas.

 

Dá para comer dentro do próprio mercado, mas como sempre nos mercados espanhóis há muita gente e poucos lugares para sentar.  Se você encara este esquema, dê um pulo no Pinotxo e prove tapas deliciosas. Ou vá em horários mais alternativos, como antes do meio-dia ou após às 3 da tarde.

Estivemos no La Boqueria no Carnaval e quase todas as barracas do mercado estavam enfeitadas e seus funcionários fantasiados para a festa 🙂

 

Programão, para todas as idades.

 

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Quando acordou no dia seguinte ao jogo, meu filho Bruno disse que ter ido assistir o Barça jogar tinha sido uma das coisas mais legais que ele já tinha feito na vida. Por aí tirem uma ideia de como ver um jogo do FCBarcelona no estádio Camp Nou em plena cidade de Barcelona pode ser uma experiência incrível 🙂

(Tudo bem que eles também deram muita sorte, pois o jogo foi emocionante e cheio de lances legais, com o FCBarcelona vencendo o ValenciaCF de virada, por 5 x 1, com quatro gols do Messi e um do Xavi aos 45 minutos do segundo tempo!)

Enfim, se você pretende ir a Barcelona e tem filhos adolescentes – ou de qualquer idade – vale a pena tentar fazer este programa. Nós penamos um pouco para comprar os ingressos e depois tivemos que estudar a melhor opção de transporte para ir e vir do estádio. Assim, vou tentar dar o caminho das pedras para quem quiser se aventurar neste programa legal, por sua própria conta e risco 😀

ANTES DO JOGO: COMPRANDO OS INGRESSOS

É possível comprar os ingressos com antecedência pelo site do FCBarcelona e pagar com cartão de crédito. Na homepage, clique em “tickets” e em seguida em “football tickets” para acessar o calendário de jogos do ano. No final da página estão os jogos ainda por vir. Basta clicar no link em vermelho “buy tickets” no jogo desejado. Passe o mouse pelo estádio e vão aparecer os lugares livres, o preço e a visão do campo daquele local. Escolha e inicie o processo de compra de ingressos. Os ingressos são caros e praticamente todos os lugares são bons. Pode ir com fé nos ingressos mais baratos 🙂

Dicas importantes!

  • Muitos dos jogos só tem a data e o horário confirmados 10 dias antes do jogo! Assim, se quiser comprar os ingressos com esta antecedência, deixe sua programação livre para adequá-la quando sair a data e o horário definitivo do jogo escolhido.
  • A partir do momento em que você entra na página de compra de ingressos para um determinado jogo, o cronômetro começa a rodar e você tem 10 minutos para concluir sua compra dos assentos reservados. Caso contrário, terá que começar tudo de novo. Ou seja, deixe os dados do cartão de crédito a postos para utilizá-lo rapidamente.
  • Muitas vezes a impressão que temos é que praticamente não há lugares e muito menos lugares um ao lado do outro! Isto acontece por causa do sistema deles, pelo qual os sócios são os “donos” dos ingressos e vão liberando-os de volta para venda quando sabem que não irão aos jogos. Assim, quanto mais perto do dia do jogo, mas provável achar lugares livres. O site do FCBarcelona indica que o melhor período para achar bons lugares é 48 horas antes da partida. Nós achamos lugares 5 dias antes. O importante é tentar várias vezes ao dia, pois a cada hora novos lugares podem aparecer. Coloque a página do jogo entre seus favoritos e clique nela quando se lembrar. Não esqueça de manter os dados do cartão de crédito ao seu lado. De fato, é bastante difícil achar muitos lugares juntos, assim procure comprar duplas, ou lugares próximos no mesmo setor.

Assista aqui a emoção do início do jogo

NO DIA DO JOGO

Dá perfeitamente para buscar os ingressos no estádio do Camp Nou no próprio dia do jogo. Para isto, procure chegar com uma hora de antecedência e vá direto às bilheterias na frente do estádio. É importante apresentar o MESMO cartão de crédito utlizado para a compra online para conseguir liberar os ingressos!

Dá para chegar de táxi ao estádio, mas o metrô é o melhor esquema. Primeiro porque o metrô é a melhor pedida para a volta e assim você já se familiariza com o local da estação. Depois, porque é uma experiência incrível andar de metrô com as pessoas que vão ao jogo e ver os torcedores chegando, toda aquela festa de bordô e azul 🙂

Há três estações de metrô que servem ao estádio Camp Nou: Palau Reial, Collblanc e Les Corts. Para quem está perto ou quer sair das Ramblas, é fácil pegar o metrô na estação Liceu na altura do mercado La Boqueria. Esta  linha verde, L3,  chega em Les Corts. Dali, são 750 metros até a frente do estádio, uma reta só, numa caminhada que leva cerca de 10 minutos.

Atenção! O Edu Luz também fez este post no DCPV sobre um jogo do Barça em Camp Nou e ressalvou que o metrô fecha à meia-noite. Fique de olho se o jogo que você escolheu acaba tarde!

Chegar antes do jogo começar é legal também para poder ver como é o estádio vazio, ver a irrigação do campo, ouvir a trilha sonora e ver os jogadores entrando. As crianças amaram.

A organização de Camp Nou é excelente e há banheiros numerosos e limpos, boas lanchonetes, tudo sem grandes filas. Vale a pena curtir o clima antes do jogo começar. A segurança no estádio também é grande e dá para ir com crianças menores numa boa.

Se você está com crianças ou adolescentes, procure ir embora alguns minutos antes do jogo acabar para poder sair com mais calma do estádio e pegar um táxi ou o o metrô ainda mais vazio.

Programão 🙂

 

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Atire a primeira pedra quem não gosta de assistir programas de gastronomia ou culinária na televisão.

Não tenho muita paciência para os programas diários que mostram receitas “encheção de lingüiça”, mas confesso que adoro o Bill Granger cozinhando direto da Austrália, com aquelas paisagens e clima de praia. Também curto muito a Delicious Miss Dahl, super delicada e com mãos de fada na cozinha. Isto sem falar nos já super conhecidos programas da Nigella Lawson e do Jamie Oliver.  Os episódios  que o Jamie faz na Itália, a bordo de uma Kombi azul, são simplesmente deliciosos.

Mas faz pouco tempo descobri a Kylie Kwong, uma australiana que inclusive já foi sócia do Bill Granger e que faz uma série de programas chamados “My China”,  nos quais ela volta à casa do avô em Toishan, uma pequena cidade na província de Guangdong no sul da China, e de lá cozinha pratos típicos.  Sou maluca por aquelas panelas wok imensas, onde a gente vai jogando os ingredientes – carnes, vegetais, temperos – e tudo fica pronto rapidinho e de um jeito saudável e gostoso.

Outro dia folheando uma revista Cooking Light vi uma receita que parecia ter saído de um dos  programas da Kylie. Com ela,  criei a minha carne com legumes na wok. Para um jantar durante a semana, um prato leve e nutritivo, feito com aspargos porque era o legume que tinha em casa, não muito típico mas com um toque chinês hehe 🙂 Se você quiser, substitua os aspargos por brócolis, cenouras  ou até mesmo por cogumelos.

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Carne chinesa à minha moda

1 colher (sopa) de gengibre ralado
1 colher (sopa) de alho espremido
2 colheres (sopa) de molho de soja (shoyu)
1 colher (chá) de açúcar mascavo
½ colher (chá) de pimenta vermelha bem picadinha (eu tiro as sementes)
1 colher (sopa) de óleo de gergelim
500 gde filé mignon cortado em tiras
½ cebola pequena em pétalas
1 maço de aspargos (cerca de250 g)
1 colher (sopa) de sementes de gergelim

Misture numa vasilha os cinco primeiros ingredientes: gengibre ralado, alho espremido (parece muito mas não é, pois o alho vai cozinhar, não fritar), o shoyu, o açúcar mascavo e a pimenta vermelha picadinha. Reserve. Coloque o óleo de gergelim na wok e aqueça bem. Frite a carne até dourar. Eu faço em duas etapas, para não juntar água e deixar a carne bem selada: coloco metade da carne, deixo dourar, tiro e coloco a outra metade. Devolva toda a carne à panela e junte a cebola e o aspargo. Mexa bem por um minuto e coloque o molho. Misture bem e deixe cozinhar com a panela tampada até o aspargo ficar macio mas não mole. Desligue o fogo, junte o gergelim e salgue. Coloquei uma colher (chá) de sal. Sirva com arroz e bom apetite!

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Muita gente torce o nariz quando digo que incluo, sempre que possível, museus nas programações de viagem com os filhos. Tem desde pais que acham que criança só gosta de praia, piscina, parque de diversões e compras até aqueles que fazem muxoxo dizendo que nós vamos aos museus porque queremos, e não por eles.

É claro que nós gostamos de museus, mas nossas viagens com os filhos são preparadas de acordo com os interesses deles em primeiro lugar. E os museus estão lá porque achamos que eles vão gostar. E eles gostam! Até hoje (quase) não erramos 🙂

Assim, aqui vão algumas dicas para quem viaja com os filhos, quer incluir museus e fazer destes um passeio divertido. Vamos lá.

 Existe museu de todo tipo

A gente sabe mas às vezes esquece que museu não é só de arte ou história 🙂 Pesquise bem os museus existentes no local para onde você vai, levando em conta a idade, o sexo e a maturidade do seu filho. Nós, por exemplo, temos dois meninos pré-adolescentes e aprendi que eles gostam muito de coisas assustadoras, armas e artefatos de  guerra, bichos, esportes e meios de transporte. Ou seja, os museus que fizeram mais sucesso até hoje foram o Museu do Futebol em São Paulo-SP, o Museu da TAM em São Carlos-SP, o Imperial War Museum  em Londres, o Air and Space Museum e o Natural History Museum em Washington e o Intrepid em Nova York.  Obs. menção (des)honrosa seja dada aos museus de cera, que são uma maravilha para as crianças e normalmente o terror  dos pais, principalmente pelas longas filas e salas lotadas. Muna-se de paciência e vá, eles adoram 🙂

Mesmo os museus menos lúdicos valem a pena

Não dá para ficar apenas nos museus mais lúdicos. Pais que gostam de museus em geral já podem engajar os filhos na Arte e na História. E os museus de arte e históricos têm, sim, atrações que interessam a eles. Por exemplo, o British Museum tem a seção de múmias, que meus filhos adoraram.  No Metropolitan há uma seção de cavalos e cavaleiros em armaduras completas e muitas espadas. Eles também gostaram das grandes esculturas  antigas nestes dois museus.

Mas levar criança em museu de arte requer um planejamento cuidadoso. É importante que os pais façam uma pré-seleção de algumas obras importantes/interessantes do museu para visitar e façam uma lição de casa antes de ir ao museu. Na hora da visita, o ideal é fazer o percurso direto por estas obras e explicar pra as crianças conceitos, ideias e curiosidades. Esta foi a nossa estratégia para a visita ao Museu do Prado. Nossa lição de casa, neste caso, foi o Guia do Museu do Prado da Patricia do blog Turomaquia, que recomendo muito.  Outra ideia:  se os pais dominam a língua do local, muitas vezes vale a pena pegar um tour guiado, que normalmente não dura mais do que uma ou duas horas. Os pais podem dar uma ajudinha nas traduções e o passeio fica mais dinâmico.

Lojinha de museu é muito bacana

Lojinha de museu é muito legal e eles curtem tanto quanto a gente!  Normalmente há brinquedos e livros diferentes das lojas normais e é uma ótima maneira de lembrar depois das obras que eles viram no museu. Deixe-os explorar as lojinhas e levar uma lembrança para casa. E vai dar mais vontade de visitar outros museus no futuro. A melhor loja de museu que já vi na vida foi a do Spy Museum em Washington. Se passar por lá, não perca, divertida para crianças e adultos também!

Paradas para descanso e comida são obrigatórias

Sou daquelas capazes de andar 4 ou 5 horas em um museu sem descanso 🙂 Mas criança é diferente. Eles cansam muito mais rápido e ficam entediados. Assim, o ideal no caso dos museus maiores é dar uma parada para ir ao banheiro, tomar alguma coisa, fazer um lanche sentados. E depois continuar o passeio pelo  museu. O Marcio do blog Janela Laranja, que tem bastante experiência de viagens com criança pequena,  lembrou também que é importante, no caso dos pequenos que são bem menos flexíveis, respeitar os horários de fome e sono.

Brincar no museu pode sim

Quando digo brincar, não quero dizer brincar com as obras do museu e nem brincar de pega-pega ou esconde-esconde pelos seus corredores 🙂

Muitos museus hoje em dia são interativos ou têm atrações e brincadeiras para as crianças. O Museu do Futebol, a Estação Ciência (não sei quais as condições em que se encontra hoje, mas meus filhos aproveitaram muito há alguns anos) e o Espaço Catavento em São Paulo são bons exemplos de museus interativos. Muitos museus nos EUA permitem que as crianças entrem em espaçonaves e outros artefatos. Os museus Smithsonian em Washington tem cinemas I-Max que passam filmes em 3D relacionados ao tema em exposição, além de simuladores de voo e outras brincadeira interativas. Respire fundo, abra a carteira novamente e entre na fila do brinquedo. Faz parte do show!

No caso das crianças pequenas, o Marcio do Janela Laranja deu a ótima ideia de levar brinquedos ao museu. Quando a criança cansa, os pais podem dar uma paradinha para ela brincar com algo que já está familiarizada. E de lambuja os pais podem revezar. Um fica com a criança brincando e o outro passeia no museu. O museu também pode virar cenário de brincadeiras. Quando o Marcio levou a filha de 3 anos ao Espaço Catavento, em São Paulo, depois da visita o lugar virou cenário de brincadeiras: “O jardim do museu Catavento fica no antigo Palácio das Indústrias. Não deu outra, depois de visitar o museu ficamos brincando que lá era o palácio das princesas. Resumindo, a visita do museu vira uma grande brincadeira, com muita coisa nova e interessante para eles verem”.

Outras estratégias de sucesso

Muito importante: lembre-se de deixar o mais interessante para o fim! Assim, quanto maior for o cansaço, mais bacanas ficam as atrações a ser visitadas. Outra coisa: não se atenha (muito) ao planejamento. Já houve ocasiões em que achei que meus filhos gostariam de algo e eles acharam chato. Pule logo esta parte e siga em frente, sem dó. Por fim: museu com criança, pela minha experiência, não dura mais do que 2 ou 3 horas. Eles cansam mesmo! A programação deve levar em conta este período de estada total no museu, mesmo para aqueles museus enormes e com vários andares.

E aproveitem! Museu é uma ótima ocasião para os pais brincarem e interagirem com os filhos 🙂

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Semana passada contei aqui para vocês  sobre o livro “Receitas de Família – volume 2” do Pró-Família.  E prometi uma receita dele e o sorteio de um exemplar para os leitores do Rosmarino.

A receita escolhida foi a de um bolo, é claro.  Quem lê o Rosmarino sabe como eu sou fã dos bolos e adoro fazê-los. Este bolo, cuja receita foi dada pela Piti Meinberg, é uma receita de avó mesmo 🙂

Fica di-vi-na esta calda com ameixas secas e vinho tinto, experimentem!

Bolo da vovó Laly
Piti Meinberg

Ingredientes

4 ovos
250 g+300 gde açúcar
250 gde manteiga
250 gde farinha de trigo
250 gde ameixas pretas sem caroços
1 xícara (chá) de leite
2 colheres (chá) de fermento em pó
1 copo (requeijão) de vinho tinto
½ copo de água

Modo de preparo

Pré-aquecer o forno a 180ºC. Bater as claras em neve e reservar. Bater bastante o açúcar (250 g) com a manteiga na batedeira. Adicionar as gemas, uma a uma, batendo bem entre cada adição. Desligar a batedeira e misturar alternadamente a farinha peneirada com o fermento e o leite. Por fim, misturar delicadamente as claras em neve. Fazer a calda: levar ao fogo médio as ameixas com o vinho tinto, a água e o restante do açúcar (300 g). Quando as ameixas estiverem cozidas, retirá-las da calda e forrar com elas uma forma de bolo de buraco no meio previamente untada. Derramar por cima a massa e levar ao forno por30 a40 minutos ou até o palito sair limpo. Depois de pronto, derramar a calda quer sobrou das ameixas sobre o bolo.

Quanto ao sorteio, vai funcionar assim:  participa quem deixar um recado neste post do blog, contando um pouco qual sua receita de família preferida, quem a ensinou, etc.  O sorteio será no dia 28 de fevereiro. Boa sorte procêis 🙂

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